Um Triste Adeus - Marília Mendonça!

Sou filha de pai goiano e só por esse motivo já nasci ouvindo música sertaneja. Confesso que hoje em dia o sertanejo, geralmente, não é a minha primeira escolha quando penso em montar uma playlist, porém seria uma mentira dizer que não gosto do gênero ou que não tenho minhas favoritas. Principalmente os clássicos mais antigos, sertanejo bem raiz mesmo como Tonico e Tinoco, Pena Branca e Xavantinho, Tião Carreiro e Pardinho.

Me lembro até hoje que no começo dos anos 2000 comprei um CD do Edson e Hudson e ouvi até não aguentar mais. Naquela época eu fazia umas playlists que iam de Edson e Hudson, passando por Foo Fighters, Enya, Queen, Destiny’s Child e acabando na Britney Spears. Bem eclética ela né meninas?

Irmãs Galvão, viola e sanfona! Mulheres pioneiras na música sertaneja.

Toda essa introdução apenas para justificar minha profunda tristeza pela morte da Marília Mendonça. Eu não acompanhei muito de perto a carreira musical dela, mas Marília transcendeu o sertanejo. Era “humorista”, poeta e mulher empoderada. Ganhou o Brasil todinho com seu talento e sua personalidade.

Das milhares de músicas que a Marília lançou, eu tenho uma favorita que é a Flor e o Beija Flor que ela gravou com a dupla Henrique e Juliano. Coisa mais lindinha essa música.

Com suas músicas Marilia Mendonça provou que mesmo tão novinha, tinha bagagem suficiente para falar de forma humana e objetiva sobre sentimentos. Não a toa, ela era conhecida como a rainha da sofrência. Marília deixou um legado e, melhor do que isso, ela deixou um montão de sementinhas de conhecimento sobre o “ser mulher” espalhadas por esse país.

Marília se foi, mas sua obra fica e eu tenho certeza que graças à tudo que ela plantou, em breve teremos muitas Marílias florescendo por aí.

Desejo muita força para os amigos e familiares e que a luz e a voz de Marília estejam sempre presentes no caminho de seu filhinho de apenas dois anos e de todos aqueles que a amavam.

Boa semana à todos!
Até quarta-feira.